Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008




A organização deste evento foi da responsabilidade da Câmara Municipal de Odemira, da Associação Vida por Vida / Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Milfontes, da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odemira, da Junta de Freguesia de S. Teotónio e ainda da empresa Sons da Vicentina. Pelo palco do recinto da FACECO passaram alguns nomes da música portuguesa com participações totalmente gratuitas.
Apresentação do espectáculo ficou a cargo da dupla sempre simpatica dos irmãos Nelson e Sérgio Rosado, e passaram pelo palco para alêm de nós (Alcoolémia) os Anjos (não se ficaram só pela apresentação) a Viviane, Emanuel, Íris, Pedro Miguéis, Miguel e André, Marcos e Jobson, Pedro Miguel, Susana, Joana, Lupa, X - Code, as famílias Feu e Azevedo do Programa "Família Superstar", bem como as modelos concorrentes à Miss Algarve Mais, e espero não me ter esqueçido de ninguem.
Á jovem acordeonista Telma Santos coube animação inicial da festa.
Falta-me aqui dizer que o recinto estava cheio de um público, entusiasta, incansável que nos proporcionou a todos os intervenientes uma noite bastante agradável.
Saímos do recinto da FACECO satisfeitos por termos feito parte deste evento e principalmente pelo facto de termos contribuído para uma iniciativa tão nobre de solidariedade para com as corporações de bombeiros do concelho de Odemira.
Manelito em nome de todos os Alcoolémia.

Ainda se lembram desta banda que chegou a fazer furor nos idos anos 90?
Pois bem, os Alcoolémia estão bem vivos e em grande forma, como se pode comprovar neste seu mais recente disco.
Produzido por João Miranda e misturado pela dupla Pedro Madeira e Tó Pinheiro da Silva, o single de apresentação "Fico à espera...(quero ver o fim)" é pura balada rock, em que a voz de Jorge Miranda lhe dá um toque único.
Mas não se engane, porque a sonoridade no geral apresenta momentos mais duros, característica do rock.
Destaque ainda para a versão do tema Chiclete dos Táxi e para a faixa A música nacional (vamos tirá-la da sombra). Querem mais?
In... MU-Mundo Universitário - Nº 89 - 10 Dezembro 2007
Sábado, 23 de Fevereiro de 2008

Um regresso ...na verdade, "Alcoolémia" - quarto álbum de originais, marca o regresso do grupo do Fogueteiro (Amora), formado no já algo distante 1992 - já lá vão mais de 15 anos. Grupo composto por Jorge Miranda (voz), Manelito (guitarra), Pedro Madeira (guitarra), Ricardo Galrito (teclados), Rui Freire (bateria) e Carlos Cardoso (baixo), os Alcoolémia estão assim de volta, quase 10 anos depois do último disco, mais fortes e mais maduros; entre o balanço da balada e a agitação do rock'n roll.
O novo "Alcoolémia" surge-nos com um espaço rock, às vezes suavemente pop, outras vezes a espreitar uns lugares mais hard-rock - não esquecendo até algum rap e o scratch do convidado DJ X-Acto. Às vezes, espreitando até outras sonoridades - talvez demasiadas; sempre num rock feito com algum músculo, bem feito para nos acariciar o ouvido com a sua doçura. Com uns bons pares de singles no alinhamento, "Alcoolémia" vem com letras escorreitas, bem medidas, objecto até de alguma preocupação social. Variado, ora com temas mais calmos, ora com temas mais acelerados, "Alcoolémia" é isso mesmo, um disco saído do ritmo dos dias, também inconstante, feito de tristezas, alegrias e ilusões. São palavras que se repetem em refrões certeiros.
Simples e sem pretensões megalómanas, os Alcoolémia recuperam com este disco o seu espírito da garagem. Não trazendo nada de especial novo, trazem alguma evolução, um fazer melhor dentro do género; e isso, o grupo da Margem Sul conseguiu. Os Alcoolémia regressaram fiéis a si mesmos, mas melhores.
Uma palavra final para a bem roqueira versão de "Chiclete", dos TAXI.
CURTAS|Sérgio Rebelo
http://a-trompa.net/olhares/olharesalcoolemia-alcoolemia/
Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008

De volta às luzes da ribalta estão os Alcoolémia. A banda oriunda da margem sul do Tejo está de regresso com o seu quarto álbum de originais, prometendo com ele voltar a conquistar espaço na música nacional portuguesa.
As surpresas do álbum são muitas, aliadas à incursão de sonoridades diversas que até aqui nunca tinham sido exploradas pela banda, mas que de resto mantém, em alguns temas, um rock musculdado, duro e rouco, bem característico dos Alcoolémia.
Com produção de João Miranda, mistura por parte da dupla Pedro Madeira e Tó Pinheiro da Silva, este ultimo conheçido pelo seu trabalho com os Madredeus, Dulce Pontes, entre outros, masterizado nos E.U.A pelo conceituado Joe Gastwirt, conhecido pelo seu trabalho com Ramones, Talking Heads, YES, Jimi Hendrix, The Grateful Dead, Paul McCartney, Pearl Jam entre outros, os Alcoolémia assinam este quarto trabalho de originais com o 1º single "Fico à espera...(quero ver o fim)", à qual se juntam "Há quanto tempo ando aqui", "São sempre os mesmos" e "Queria roubar-te um beijo". Ao todo, são 9 temas originais aos quais se junta uma versão cover Power/Rock da Chiclete dos saudosos Taxi. Temas bem fortes que prometem fazer as delícias dos fãs e dos amantes da música cantada em bom português.
In...Jornal Zona Rural
Domingo, 17 de Fevereiro de 2008
"Informamos os nossos estimados clientes que hoje à noite a partir das 21:30 poderão assisitir à actuação da banda Alcoolémia". Foi assim que muitos tiveram conhecimento de mais um showcase dos Alcoolémia na FNAC, desta vez em Alfragide, na passada 5.a feira à noite, através dos speakers da loja enquanto se comprava o último cd de Lenny Kravitz ou se folheavam as obras de Miguel Esteves Cardoso. As semelhanças com a actuação anterior em Almada são muitas, desde o espaço físico aos horários e até o alinhamento das músicas foi igual, no entanto, porque na vida, e especialmente nestas alturas de degustação musical, todos os momentos são irrepetíveis, a reciprocidade foi outra e a forma de transmitir as sensações foi também diferente. "Há quanto tempo ando aqui", "Queria roubar-te um beijo" iniciam o discurso rock, seguindo-se "Fico à espera" (single de promoção do disco), "Sempre os mesmos", "Música nacional" (momento mais funk) e a tão emotiva "Areia de pedras salgadas". "Chiclete" é cantada em uníssono pela plateia ou não fosse um ícone do rock português dos anos 80. Termina-se a curta (mas cutilante) actuação com "Não sei se mereço" (editado pela 1.ª vez em 1995), fazendo alguns membros do público voltar atrás uns bons anos.
Seguem-se os inevitáveis autógrafos, o reencontro com velhos amigos e a satisfação por mais uma grande (pelos menos em emotividade) actuação da banda.
Dia 22 Fevereiro estaremos noutra FNAC, em Coimbra, para mais uma descarga. Hasta.
Carlos Cardoso
Terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008

Fizeram agora 15 anos e estão ai para as curvas.
É que a voragem dos anos tem sido generosa para a rapaziada.
Assinalaram a efeméride com um novo CD("Alcoolémia" - Ed. Espacial) e um concerto no mítico "Hard Rock".
Começaram esta vida agitada da música e das andanças, como suporte de uma banda argentina de Heavy Metal, com o estranho e sugestivo nome de Rata Blanca.
Ora, uma banda que se inicia, assim, suportanto ratas brancas, só pode ser uma banda interessante e uterinamente ligada à música e, neste caso concreto, à boa música que se vai fazendo neste país, obviamente que a ironia está pelo lado das ratas, não pelo da definição da banda...).
Esta banda do Fogueteiro que entretanto, pelo passar do tempo e pelo ganho crescente de qualidade, se fez banda do Mundo, deu os primeiros passos na música e aprendeu a tocar com uma referência antiga (infelizmente já extinta) da boa música que os anos oitenta trouxeram à pasmaceira pacóvia do "panorama-musical-português" - os Censurados. Estivemos na petisqueira com o Jorge e o Pedro (de 25 anos, a mais nova aquisição dos Alcoolémia que, assim, se foi juntar aos "cotas"), porque esta coisa de juntar cinco tipos à volta de uma mesa, tira a entrevista do sério e provoca algum ressentimento nos trocos... E a críse está aí a provar que, em matéria de almoços, até é coisa que já nem se usa, porque os trabalhadores da música são tratados, regra geral, abaixo de cão, salvo alguns "monstros sagrados" dos créditos bajuladores nacionais, (e desculpem qualquer coisinha, mas, de quando em vez, o desabafo faz bem à alma e separa águas...)
Continuando, este quarto disco da banda, misturado pela dupla Tó Pinheiro da Silva/Pedro Madeira (o tal "puto" a que nos referíamos), tem como produtor um senhor chamado Joe Gastwirt, que já trabalhou com alguns ícones da música internacional, como Ramones, Talking Heads, YES, e Jimi Hendrix, entre outros, foi masterizado nos EUA. Com dez temas e nove originais, o CD "Alcoolémia" revela um cuidado sentido estético e uma evidente qualidade na palavra. Por exemplo, "São sempre os mesmos" é um autêntico exemplar de intervenção social - a provar que banda está atenta à realidade que a cerca.
E o único "não original" recria "Chiclete" (Táxi), imprimindo a identidade própria dos Alcoolémia e fazendo ressurgir um velho hit da chamada música moderna portuguesa.
Em "A Música Nacional", a banda demonstra não viver no conforto dourado de um umbigo, dando vez e voz à defesa de vários gèneros musicais, numa espécie de hino aos "descamisados" do espectáculo: Temos de fazer uma festa/Dessas de arromba/A música nacional vamos tirá-la da sombra/Jazz, punk, Funky, rap, rock n´roll, são epítetos que não fazem muito sentido. Esta banda, estes Alcoolémia de 2007 adquiriram (por mérito próprio e grande esforço) um lugar na História da música, assimilando e trabalhando vários géneros, criando um estilo próprio e inconfundível.
Quinze anos depois da viagem com os Rata Blanca, os Alcoolémia estão ai e recomendam-se.
In...Conversas de Café...21-12-07
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008

"O trabalho de «garagem» é essencial para qualquer banda"
Depois de alguns anos parados, os Alcoolémia regressam em grande com um quarto álbum de originais, intitulado «Alcoolémia». O NM esteve à conversa com o vocalista e um dos guitarristas da banda.
Quando o gosto pelas coisas é mais forte que o destino e as pessoas não desistem dos seus sonhos podem aconteçer milagres. Nasceram em 1992 e este ano estão a lançar o seu quarto álbum, intitulado «Alcoolémia», que contem nove originais e uma versão Power/Rock do tema Chiclete. A banda rock que nasceu na Margem Sul e é composta por seis elementos: Jorge Miranda, na voz, Pedro Madeira, na guitarra solo, Manelito, na guitarra ritmo, Ricardo Galrito, nas teclas, Carlos Cardoso, no baixo e Rui Freire, na bateria. Depois de alguns anos sem gravarem, o vocalista dos Alcoolémia, Jorge Miranda, afirma que, neste momento, "voltamos ao activo e é como um recomeçar". Mesmo a tocarem rock, pop/rock, hip hop, «Fank» e algumas baladas, os Alcoolémia apesar de terem algumas influências musicais de outras bandas, preferem não terem rótulos e criarem as suas músicas originais.
APRESENTAÇÃO NO HARD ROCK CAFÉ
Depois de apresentarem o seu quarto álbum no Hard Rock Café, em Lisboa os músicos consideram que o público tem aderido bem ao novo disco. "As pessoas que têm visto o trabalho, desde rádios, jornalistas e amigos, têm gostado bastante do trabalho", afirma Jorge Miranda. E acrescenta: "A aceitação tem sido boa e as pessoas dizem que o álbum está um bocadinho diferente do que os Alcoolémia fizeram no passado".
Já com algumas músicas em carteira, a banda está a trabalhar na «garagem» para fazer um próximo trabalho e já está tambem a preparar um grande concerto para 2008.
BANDA NASCIDA NA «GARAGEM»
Inicialmente, a banda preparou sozinha o disco durante cerca de dois anos, trabalharam no mesmo sem produtora. "Há um ano e meio que andávamos a fazer as coisas na medida do possível, fizemos a pré-promoção, gravamos no estúdio do Pedro Madeira e fizemos isto tudo com conta, peso e medida, porque fizemos tudo do nosso bolso", afirma o vocalista. A criarem músicas desde sempre na «garagem», a banda não se considera como sendo de «garagem», mas uma banda que nasceu na «garagem». "É ali que nascem as músicas que nos permitem depois fazer estes trabalhos discográficos", afirma Jorge Miranda. E remata: "O trabalho de «garagem» é essencial para qualquer banda que queira singrar .
Débora Godinho
In....Notícias da manhã 26-12-07
Domingo, 10 de Fevereiro de 2008
Parados no tempo? Ou será que o tempo não passa por eles?
Já lá vão 9 anos desde o último lançamento dos Alcoolémia "Até Onde.." Quase irónico, para muitos seria fácil encerrar a questão em aberto neste título com "não muito longe". Mas o núcleo duro da banda mantem-se firme numa amizade que é o segredo do sucesso. Em 9 anos muito se passou! Inclusivé colocaram em prática projectos pessoais e familiares. Segundo Jorge Miranda "no final deste ano já quero estar a gravar outra vez!". Agora ninguém os para! Regressaram de folgo reforçado com novos elementos na banda. A destacar Pedro Madeira na guitarra, a quem o vocalista não se cansa de rasgar elogios. O que encanta nos alcoolémia é o eterno espírito de banda de garagem, após tantos anos de carreira. Humildes querem apenas tocar ao vivo e fazer música que as pessoas gostem. Sem quaisquer presunções assumem-se como uma banda com base na fórmula do bom velho Rock n ' Roll. Já tudo foi inventado e embora queiram experientar coisas novas a nível musical - não deixarão de praticar Rock simples e despretencioso - excelente para ouvir alto junto à multidão que berra em uníssono refrões orelhudos.
In www.programaopa.pt.vu

A Banda nasceu na localidade do Fogueteiro à 15 anos, tem 4 álbuns de originais com mais de 30.000 discos vendidos e cerca de 500 espectáculos dados em Portugal.
No próximo dia 30 Janeiro os Alcoolémia vão estar em directo no programa Contacto, da SIC.
Referenciamos que no passado Sábado, 19 Janeiro, estiveram com um lançamento na Loja Fnac do Almada Fórum, passando dias antes com uma presença em directo no programa "Portugal no Coração", da RTP1 e no programa "Fátima Lopes", na SIC.
Os Alcoolémia nascem em 1992 e da sua formação original faziam parte cinco jovens oriundos da margem sul do Tejo.
Como tantos outros o projecto começou como uma banda de garagem que conheceu o reconhecimento com a participação
no 1º Concurso de Música Moderna - ´Seixal Rock 92´, foram semifinalistas, e foram considerados uma das bandas
revelação de entre um total de 68 projectos.
Em 1993 vencem 1º C.M.M. de Setúbal, e o 1º C. M. M. de Castelo de Paiva.
Em 1994 vencem o ´Seixal Rock 94´, entre muitos espectáculos fazem a 1ª parte da Tour em Portugal da banda Argentica ´Rata Blanca´.
Em Janeiro de 1995 entram em estúdio para o início da gravação do seu primeiro álbum, que atinge um assinalável sucesso, conseguindo em pouco tempo o galardão: Disco de prata, por vendas efectivas de 10 mil unidades.
Em Fevereiro de 1997 regressam ao estúdio para a gravação de um 2º álbum de originais Não há tretas, onde incluem a versão rock do fado ´Nem ás paredes confesso´, garantindo bom air-play em rádios e programas de tv, com muitos espectáculo por todo o Portugal.
São distinguidos com a ´Medalha de Prata de Mérito Cultural atribuída pela C.M.Seixal.
Gravam o 3º cd em 1998 desta feita um álbum totalmente acústico com a produção de Jonathan Miller, conhecido pelo seu trabalho com Madredeus, Resistência, Delfins, Santos & Pecadores, entre outros, o álbum conta com várias versões de temas dos anteriores registos, assim como 2 inéditos.
Iniciam então uma digressão que até hoje os tem levado um pouco por todo o país e transportado a música portuguesa um pouco por todo o mundo onde se encontram comunidades lusas. Neste 4 álbum com produção de João Miranda, mistura por parte da dupla Pedro Madeira e Tó Pinheiro da Silva, este ultimo conhecido pelo seu trabalho com os Madredeus, Dulce Pontes entre muitos outros, martirizado nos E.U.A pelo conceituado Joe Gastwirt, conhecido pelo seu trabalho com Ramones, Talking Heads, YES, Jimi Hendrix, The Grateful Dead, Paul McCartney, Pearl Jam entre muitos outros. Os Alcoolémia surgem com o 1º single ´Fico à espera... (quero ver o fim)´ uma balada de rock puro, melodiosa, abrilhantada pela voz rouca de Jorge Miranda, complementada com uma das suas melhores letras recheada de sentimento.
´Há quanto tempo ando aqui´, ´São sempre os mesmos´ ´Areia de pedras salgadas´ são mais três destaques deste cd onde o tema ´A música nacional (vamos tirá-la da sombra)´ é um apelo contra o marasmo e a indiferença de alguns pela produção musical nacional. De destacar ainda uma nova versão de um mega hit dos anos 80, ´Chiclete´.
A sonoridade deste álbum, é uma incursão por sonoridades diversas que, até aqui, não tinham sido exploradas pela banda mas, também, está presente, em alguns temas, um rock musculado/duro/rouco bem característico da banda.
Na certeza, porém, de que tanto os fiéis seguidores desde os primeiros anos como até aqueles que irão ter um primeiro contacto com a sonoridade da banda não ficarão indiferentes, muito pelo contrário.
O melhor trabalho da banda a ser descoberto faixa a faixa - Alcoolémia
Ana C. Videira
(Correspondente do Jornal Rostos no Seixal)
In.. www.rostos.pt
Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2008

Aqui à uns meses noticiei aqui o lançamento do álbum Alcoolémia dos Alcoolémia. Prometi fazer a crítica logo que arranjasse o cd. Já ouvi!! E... não posso fazer crítica.. é certo que eu sou uma voz tendenciosa no que diz respeito a Alcoolémia, mas... o álbum está fantástico! Perfeito!!
Os Alcoolémia abordam neste álbum a música de uma forma diferente da maioria dos discos que enchem o mercado. Eu costumo defender que um disco não pode ser um encadeamento de 10 faixas iguais na sonoridade, ninguém acorda todos os dias com a mesma disposição - é isto que os Alcoolémia mostram em Alcoolémia. Um álbum transversal com sons que nos vão fazer "bater o pé" e "abanar a cabeça" num ritmo inconsciente ao volante em hora de ponta (perdoem se eu gritar um "Vamos levantar a música de Portugal") e ainda fazer-nos cair no mais puro de nós... naquele local de nós onde os sentimentos e as lágrimas se confundem num "Areia de Pedras Salgadas" que arrepia... que comove... que faz brilhar os olhos quando se ouve..
"Fico à espera - quero ver o fim" é sem dúvida um bom single de apresentação! E acho que é um bom single reconhecendo que não é o melhor tema do álbum! Mas faz sentido! "Fico à espera" é o "embrulho com uma fita bonita" que esconde um disco que é um verdadeiro presente. É um disco para ouvir 7 dias por semana, escolhendo uma ou duas músicas por dia condizentes com a disposição - há para todos os gostos!
Alcoolémia é um álbum amadurecido, como uma produção 100% onde cada instrumento marca presença e mostra a sua "voz" sem ocultar a mais pequena sílaba da voz do Jorge Miranda.
Quando ouvirem "O mundo não é" perceberão que os sonhos de criança só morrem porque os deixamos morrer. E dá que pensar...
"Queria roubar-te um beijo" é a música de "passear num descapotável cheio de miúdas no Verão" (e não vou dizer de quem foi a tirada espectacular)!!
"Há quanto tempo ando aqui" é sem dúvida a música mais solta do álbum! É divertida! É alegre! É um hino aos nossos 16 anos de sangue carregado de adrenalina com uma expressão de "aqui é onde me sinto bem"! "Rock & Roll" até morrer resume tudo!
"São sempre os mesmos" é um tema social! O Rock desce ao bairro e num misto de Rock'Hip'Hop nasce um tema agradável, apelativo e de mensagem! (Recomendo-o ao nosso Primeiro Ministro!!! "São sempre os mesmos a perder" não é Zezinho???)
"Já é tempo desta cidade acordar" é para mim o tema que nos traz Alcoolémia - não há tretas - de volta! É Rock, puro, duro & bom!!
"Tudo o que eu quero ter" surge com um travo de reggae&rock que nos embala e apetece soluçar uns "yeah yeah" ao som da guitarra e bateria a assumirem o ritmo!
"Chiclete" (cover do taxi) faz lembrar aquele som punk anos 80 cheio de pica, com uma bateria energética.
Para o fim deixo propositadamente "A música nacional, vamos tirá-la da sombra" um som ao jeito de remix & tributo que resume tudo o que tentei escrever aqui TEMOS QUE TIRAR A MÚSICA NACIONAL DA SOMBRA! Depende de nós!
Em suma: se eu pudesse dar uma nota a este álbum dava um 10/10!! E assumo: Sou tendencioso neste caso! E depois? Incomoda-te? Ouve o álbum e deixa aqui o teu comentário!
Alcoolémia - Alcoolémia é um álbum abrangente (sem sequer sugerir tendência de mercado). Não é um trabalho transversal tentando atingir público diverso! É um álbum naturalmente tranversal! E soa bem, é agradável... ouve-se todo seguido e não chocam as passagens de ritmos e estilos -torna-se agradavelmente viciantes!
João Paulo Torres